sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Amor e Luta
O Amor não é luta, quando duas pessoas lutam entre si, quando duas pessoas competem, se tentam anular mutuamente, então não pode haver amor.
O amor é rendição ao outro. Render-se nada tem a ver com uma atitude submissa, render-se tem a ver sobretudo com a auto-confiança, essa confiança em si mesmo e transmitir isso ao parceiro. Render-se é entregar-se sem o burburinho da mente, render-se é parar de lutar contra si mesmo, é deixar por um momento de pensar se a relação vai durar um dia ou uma eternidade e desfrutar da companhia do outro,render-se é viver o presente, sem expectativas, é entregar-se nos braços da própria vida sem exigências e sem medo de sentir o que quer que seja. Ninguém pode querer na sua vida uma chama sem correr o risco de se queimar.
Padma, com Amor
Arte: Matteo Arfanotti
sábado, 28 de setembro de 2013
Quando a mulher conhece a Deusa
"A mulher que vem a conhecer a deusa cresce na compreensão daquele aspecto divino de sua natureza feminina que parte de Si-mesmo, do arquétipo da totalidade e do centro regulador da personalidade. Em vez de tentar dominar a sua vida, sem ego age juntamente com o Si-mesmo. Ela é guiada, por assim dizer, por suas mais profundas necessidades, por ideais e atitudes que vem de dentro.
Ela não é contaminada por circunstâncias externas ou excessivamente atingida por críticas. Por exemplo, ela acha seu corpo belo, e tem consciência clara de que ele é, em parte, manifestação do Si-mesmo. "O Si-mesmo, portanto, como a totalidade da personalidade", observa Erich Neumann, "convenientemente conduz os atributos do sexo físico exterior, cuja condição hormonal está intimamente ligada com a psicológica". O corpo não é, como uma mulher o expressou, "simplesmente o veículo que leva minha cabeça da casa até o carro", mas sim matéria-prima através da qual ela poderá vir a conhecer e valorizar suas próprias e profundas emoções, intuições e sabedoria instintiva.
A mulher que tem consciência da deusa cuida de seu corpo com alimentação e exercícios adequa-dos, e aprecia os rituais como banhar-se, vestir-se e aplicar cosméticos. Não se trata de propósito superficial de apelo pessoal, relacionado à gratificação do ego, mas sim de respeito por sua natureza feminina. Sua beleza
deriva da ligação vital com o Si-mesmo."
in Prostituta sagrada - a face eterna do feminino, de Nancy Qualls-Corbett
in Prostituta sagrada - a face eterna do feminino, de Nancy Qualls-Corbett
terça-feira, 18 de junho de 2013
A Virgem
“O arquétipo da Virgem
conecta-nos com os instintos e a alma. Não se recuperam os instintos ficando em
casa a ler livros. Nem alimentando-nos da arrogância pseudo-masculina de que
somos melhores, mais sofisticadas que as nossas mães, só porque sabemos mais. O instinto sabe com o corpo e o útero,
e se é verdadeiramente do corpo (e não da cabeça), se é verdadeiramente
feminino, não categoriza a vida, antes, regozija-se com a Vida florescendo em
tudo e todos. E nem sempre é mansa... e nunca é boazinha...ligada ao eixo
útero-coração-intuição, é poderosa na real expressão da Fêmea-Mulher-Deusa.
O feminino só é sagrado se for terreno, se integrar
Eva, Lilith, Maria e Sophia, no abraço mais belo que as palavras não podem
descrever.
Não há virgem interna, essa que se sente plenamente amada pela vida e que ama a Vida com tesão, se não houver conexão com os instintos. A mulher só é feminina se for instinto.”
Vera Faria Leal
Autoria da Imagem desconhecidaNão há virgem interna, essa que se sente plenamente amada pela vida e que ama a Vida com tesão, se não houver conexão com os instintos. A mulher só é feminina se for instinto.”
Vera Faria Leal
"Ela transforma-se,
enquanto aprende as novas regras do jogo da mudança.
Ela desistiu de lutar
com as partes que quer transformar. Ela decidiu amá-las em vez de lutar com
elas.
Por outro lado, ela também desistiu de defender as suas partes mais
vulneráveis. O seu lado mais vulnerável detém os seus medos mais profundos, e
tem sido um grande esforço mantê-los fora do alcance de quem quer que tente lá
chegar, incluindo ela mesma.
Ela está a descobrir que a sua vulnerabilidade, que ela julgava
exclusivamente sua, é um reflexo de uma uma realidade mais abrangente. “ O que é
mais pessoal é mais universal”, disse Carl Rogers. Ela nem está a lutar nem a fugir.
Ela está num re-treino, uma
guerreira menos defensive e paradoxalmente, torna-se mais poderosa.”Sukhvinder Sircar
domingo, 16 de junho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
Arquétipos poderosos na vida das mulheres
“O pilar e o anel em forma de círculo representam os princípios masculino e feminino. Na Grécia antiga o pilar era o "hérnia" que ficava do lado de fora da casa representando Hermes, enquanto a lareira redonda no interior simbolizava Héstia. Na índia e em outras partes do leste, o pilar e o círculo ficam "copulados". O lingam, ou símbolo fálico, penetra o yoni ou anel feminino, o qual se estende sobre ele como num jogo infantil de arremesso de argolas. Lá o pilar e o círculo juntavam-se, enquanto os gregos e os romanos conservavam esses mesmos dois símbolos de Hermes e Héstia relacionados, mas à parte. Para enfatizar mais essa separação, Héstia é uma deusa virgem que nunca será penetrada, como também a mais velha deusa olímpica. Ela é tia solteirona de Hermes considerado como o mais jovem deus olímpico - uma união altamente improvável.
Desde os tempos gregos as culturas ocidentais têm enfatizado a dualidade, uma divisão ou diferenciação entre masculino e feminino, mente e corpo, logos e eros, ativo e receptivo, que depois se tornaram valores superiores e inferiores, respectivamente. Quando Héstia e Hermes eram ambos honrados nos lares e templos, os valores femininos de Héstia eram os mais importantes, e ela recebia as mais altas honras. Na época havia uma dualidade complementar. Héstia desde então foi desvalorizada e esquecida. Seus fogos sagrados não são mais cuidados e o que ela representa não é mais honrado.
Quando os valores femininos de Héstia são esquecidos e desonrados, a importância do santuário interior, interiorização para encontrar significado e paz, e da família como santuário e fonte de calor ficam diminuídos ou são perdidos. Além disso, o sentimento de uma ligação básica com os outros desaparece, como desaparece também a necessidade dos cidadãos de uma cidade, país ou da terra se ligarem por um elo espiritual comum.
Num nível místico, os arquétipos de Héstia e de Hermes se relacionam através da imagem do fogo sagrado no centro. Hermes-Mercúrio era o espírito alquímico Mercúrio, imaginado como fogo elementar. Tal fogo era considerado a fonte do conhecimento místico, simbolicamente localizado no centro da Terra.
Héstia e Hermes representam idéias arquetípicas do espírito e da alma. Hermes é o espírito que põe fogo na alma. Nesse contexto, Hermes é como o vento que sopra a brasa no centro da lareira, fazendo-a acender-se. Do mesmo modo, as idéias podem excitar sentimentos profundos, ou as palavras podem tornar consciente o que foi inarticuladamente conhecido e iluminado o que foi obscuramente percebido.”
― Jean Shinoda Bolen, Goddesses in Everywoman: Powerful Archetypes in Women's Lives
Desde os tempos gregos as culturas ocidentais têm enfatizado a dualidade, uma divisão ou diferenciação entre masculino e feminino, mente e corpo, logos e eros, ativo e receptivo, que depois se tornaram valores superiores e inferiores, respectivamente. Quando Héstia e Hermes eram ambos honrados nos lares e templos, os valores femininos de Héstia eram os mais importantes, e ela recebia as mais altas honras. Na época havia uma dualidade complementar. Héstia desde então foi desvalorizada e esquecida. Seus fogos sagrados não são mais cuidados e o que ela representa não é mais honrado.
Quando os valores femininos de Héstia são esquecidos e desonrados, a importância do santuário interior, interiorização para encontrar significado e paz, e da família como santuário e fonte de calor ficam diminuídos ou são perdidos. Além disso, o sentimento de uma ligação básica com os outros desaparece, como desaparece também a necessidade dos cidadãos de uma cidade, país ou da terra se ligarem por um elo espiritual comum.
Num nível místico, os arquétipos de Héstia e de Hermes se relacionam através da imagem do fogo sagrado no centro. Hermes-Mercúrio era o espírito alquímico Mercúrio, imaginado como fogo elementar. Tal fogo era considerado a fonte do conhecimento místico, simbolicamente localizado no centro da Terra.
Héstia e Hermes representam idéias arquetípicas do espírito e da alma. Hermes é o espírito que põe fogo na alma. Nesse contexto, Hermes é como o vento que sopra a brasa no centro da lareira, fazendo-a acender-se. Do mesmo modo, as idéias podem excitar sentimentos profundos, ou as palavras podem tornar consciente o que foi inarticuladamente conhecido e iluminado o que foi obscuramente percebido.”
― Jean Shinoda Bolen, Goddesses in Everywoman: Powerful Archetypes in Women's Lives
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