Shiva-Shakti

terça-feira, 18 de junho de 2013

A Virgem

“O arquétipo da Virgem conecta-nos com os instintos e a alma. Não se recuperam os instintos ficando em casa a ler livros. Nem alimentando-nos da arrogância pseudo-masculina de que somos melhores, mais sofisticadas que as nossas mães, só porque sabemos mais. O instinto sabe com o corpo e o útero, e se é verdadeiramente do corpo (e não da cabeça), se é verdadeiramente feminino, não categoriza a vida, antes, regozija-se com a Vida florescendo em tudo e todos. E nem sempre é mansa... e nunca é boazinha...ligada ao eixo útero-coração-intuição, é poderosa na real expressão da Fêmea-Mulher-Deusa.
O feminino só é sagrado se for terreno, se integrar Eva, Lilith, Maria e Sophia, no abraço mais belo que as palavras não podem descrever.
Não há virgem interna, essa que se sente plenamente amada pela vida e que ama a Vida com tesão, se não houver conexão com os instintos. A mulher só é feminina se for instinto.”

Vera Faria Leal
Autoria da Imagem desconhecida

"Ela transforma-se, enquanto aprende as novas regras do jogo da mudança.
Ela desistiu de lutar com as partes que quer transformar. Ela decidiu amá-las em vez de lutar com elas.
Por outro lado, ela também desistiu de defender as suas partes mais vulneráveis. O seu lado mais vulnerável detém os seus medos mais profundos, e tem sido um grande esforço mantê-los fora do alcance de quem quer que tente lá chegar, incluindo ela mesma.
Ela está a descobrir que a sua vulnerabilidade, que ela julgava exclusivamente sua, é um reflexo de uma uma realidade mais abrangente. “ O que é mais pessoal é mais universal”, disse Carl Rogers. Ela nem está a lutar nem a fugir.
Ela está num re-treino, uma guerreira menos defensive e paradoxalmente, torna-se mais poderosa.”

Sukhvinder Sircar 

domingo, 16 de junho de 2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

Arquétipos poderosos na vida das mulheres

“O pilar e o anel em forma de círculo representam os princípios masculino e feminino. Na Grécia antiga o pilar era o "hérnia" que ficava do lado de fora da casa representando Hermes, enquanto a lareira redonda no interior simbolizava Héstia. Na índia e em outras partes do leste, o pilar e o círculo ficam "copulados". O lingam, ou símbolo fálico, penetra o yoni ou anel feminino, o qual se estende sobre ele como num jogo infantil de arremesso de argolas. Lá o pilar e o círculo juntavam-se, enquanto os gregos e os romanos conservavam esses mesmos dois símbolos de Hermes e Héstia relacionados, mas à parte. Para enfatizar mais essa separação, Héstia é uma deusa virgem que nunca será penetrada, como também a mais velha deusa olímpica. Ela é tia solteirona de Hermes considerado como o mais jovem deus olímpico - uma união altamente improvável. 
Desde os tempos gregos as culturas ocidentais têm enfatizado a dualidade, uma divisão ou diferenciação entre masculino e feminino, mente e corpo, logos e eros, ativo e receptivo, que depois se tornaram valores superiores e inferiores, respectivamente. Quando Héstia e Hermes eram ambos honrados nos lares e templos, os valores femininos de Héstia eram os mais importantes, e ela recebia as mais altas honras. Na época havia uma dualidade complementar. Héstia desde então foi desvalorizada e esquecida. Seus fogos sagrados não são mais cuidados e o que ela representa não é mais honrado. 
Quando os valores femininos de Héstia são esquecidos e desonrados, a importância do santuário interior, interiorização para encontrar significado e paz, e da família como santuário e fonte de calor ficam diminuídos ou são perdidos. Além disso, o sentimento de uma ligação básica com os outros desaparece, como desaparece também a necessidade dos cidadãos de uma cidade, país ou da terra se ligarem por um elo espiritual comum. 
Num nível místico, os arquétipos de Héstia e de Hermes se relacionam através da imagem do fogo sagrado no centro. Hermes-Mercúrio era o espírito alquímico Mercúrio, imaginado como fogo elementar. Tal fogo era considerado a fonte do conhecimento místico, simbolicamente localizado no centro da Terra. 
Héstia e Hermes representam idéias arquetípicas do espírito e da alma. Hermes é o espírito que põe fogo na alma. Nesse contexto, Hermes é como o vento que sopra a brasa no centro da lareira, fazendo-a acender-se. Do mesmo modo, as idéias podem excitar sentimentos profundos, ou as palavras podem tornar consciente o que foi inarticuladamente conhecido e iluminado o que foi obscuramente percebido.” 
― Jean Shinoda BolenGoddesses in Everywoman: Powerful Archetypes in Women's Lives

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Jaya Rhada Mahadava

"jaya radha madhava
kunja bihari
jaya gopi jana vallabha
giri vara dhari
yasoda nandana
vraja jana ranjana
yamuna tira vana chari"

Gayatri Mantra


"Aum Bhur Bhuva Svah
Tat Savitur Varenyam
Bhargo Devasya Dhimahi
Dhiyo Yo Naha Prachodayat"

As importância das palavras



“Crêem os Xamanicos que todas as palavras são feitiços. Tudo o que dizemos ou pensamos torna-se realidade. Quando repito para mim que não sou assim tão inteligente, bela ou merecedora, estou literalmente a amaldiçoar-me. Esses pensamentos saem para o mundo e trazem-me situações e acontecimentos que provam estes mesmos pensamentos. Vigiemos as nossas palavra hoje e tornemo-nos mais conscientes de como as palavras afectam os nossos corpos e as nosas vidas.”

-Mia Genis

sábado, 1 de junho de 2013

A Menina



Hoje, dia 1 de Junho, é dia da Criança. É um ótimo dia para nos conectarmos com a nossa criança interior através de uma meditação ou fazer algo realmente divertido.
Sendo dia da Criança, lembrei-me também de Bala Lalita, A Menina. Para além dos Arquétipos de Virgem, Mãe e Anciã, temos ainda a menina, representada muito bem pela pequena Lalita. 
O que representa este Arquétipo feminino? Criatividade, inocência, espontaneidade, possibilidades várias. A  Menina é aquela parte que vem cobrir de cor as nossas vidas e que nos faz acreditar nos nossos sonhos.

"Bala Tripura Sundari é uma das formas de Lalita, representada por uma menina entre 7 e 12 anos. 
Tripura em sânscrito significa trindade. É desta maneira que Lalita se manifesta: na tríade jovem (Bala), mãe (Sodashi)e anciã (Panchadasi).
"Lalita é mãe e filha; Lalita é a mãe de todos e de tudo, divino e mortal, animado e inanimado."

Namaste!