Shiva-Shakti

sábado, 28 de setembro de 2013

Quando a mulher conhece a Deusa

"A mulher que vem a conhecer a deusa cresce na compreensão daquele aspecto divino de sua natureza feminina que parte de Si-mesmo, do arquétipo da totalidade e do centro regulador da personalidade. Em vez de tentar dominar a sua vida, sem ego age juntamente com o Si-mesmo. Ela é guiada, por assim dizer, por suas mais profundas necessidades, por ideais e atitudes que vem de dentro. Ela não é contaminada por circunstâncias externas ou excessivamente atingida por críticas. Por exemplo, ela acha seu corpo belo, e tem consciência clara de que ele é, em parte, manifestação do Si-mesmo. "O Si-mesmo, portanto, como a totalidade da personalidade", observa Erich Neumann, "convenientemente conduz os atributos do sexo físico exterior, cuja condição hormonal está intimamente ligada com a psicológica". O corpo não é, como uma mulher o expressou, "simplesmente o veículo que leva minha cabeça da casa até o carro", mas sim matéria-prima através da qual ela poderá vir a conhecer e valorizar suas próprias e profundas emoções, intuições e sabedoria instintiva. A mulher que tem consciência da deusa cuida de seu corpo com alimentação e exercícios adequa-dos, e aprecia os rituais como banhar-se, vestir-se e aplicar cosméticos. Não se trata de propósito superficial de apelo pessoal, relacionado à gratificação do ego, mas sim de respeito por sua natureza feminina. Sua beleza deriva da ligação vital com o Si-mesmo."
 in Prostituta sagrada - a face eterna do feminino, de Nancy Qualls-Corbett